José não guardava rancor de seus irmãos. Ele agora sabia que sua ida para o Egito era plano de Deus e até consolou seus irmãos depois de ter revelado a eles sua identidade: "Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês". Mas muitos anos haviam se passado e José não conhecia mais seus irmãos. Seriam ele o smesmos maus homens que o venderam para o Egito? Teriam eles matado também, por inveja, seu irmão Benjamin? José não fazia ideia de qual seria a reação de seus irmãos quando soubessem que ele estava vivo. Por isso teve cautela. Quis certificar-se de que Benjamin estava vivo e deu um jeito de trazê-lo para o Egito. Finalmente, comovido com o clamor de Judá pela vida de Benjamim - sim, o mesmo Judá que antes instigou os irmãos a venderem José - declarou a todos que estava vivo.
E Jacó alegrou-se grandemente com a notícia e decidiu partir o quanto antes para o Egito, não se esquecendo de pedir a orientação de Deus. E a resposta às orações de Jacó não podia ter sido melhor: "Eu sou Deus, o Deus de seu pai. Não tenha medo de descer ao Egito, porque lá farei de você uma grande nação". E ali começava a nação de Israel. Setenta almas rumo ao Egito para que se cumprisse às palavras de Deus para Abraão: "Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatrocentos anos" (Gn 15:13).
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