quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

6º dia: Gn 16 a 19

Continuando hoje a história de Abrão, personagem que vai estar ainda bastante presente nos textos dos próximos dias.
Chega a ser curioso. Abrão custava a acreditar no que Deus lhe dizia! Ele podia ter exortado Sarai, quando ela o instigou a deitar-se com sua serva para que essa gerasse o herdeiro da família. Podia ter dito a ela algo do tipo espera Sarai. Deus vai cumprir a promessa que me fez! Mas, ao invés disso "ouviu Abrão a Sarai" e teve então um filho com a serva Agar: Ismael. Mas Abrão teria ainda uma grande surpresa. Deus reafirma para ele Sua promessa, mudando o nome de Abrão para Abraão, pois seria ele o pai de muitas nações. Até esse momento, o agora Abraão deveria estar pensando que essas "muitas nações" descenderiam de seu filho Ismael. Mas Deus ainda tinha muito a dizer. E ao ouvir que Sarai, sua esposa, deveria agora ser chamada Sara, pois a ela seria dado um filho e que seria ela a mãe das nações Abrãao riu-se. Num primeiro instante, a reação de Abraão foi inusitadamente instintiva. Ora, como seriam ele e Sara pais, sendo já idosos? Mas logo Abraão se dá conta de que isso seria sim possível, já que Deus tem poder sobre tudo. Abrãao foi fraco muitas vezes, duvidou das promessas de Deus, mas nunca deixou de obedecer. O relacionamento de Abraão com Deus, na minha opinião, é verdadeiramente íntimo. Abraão tinha plena consciência das suas fraquezas e não tinha medo de deixá-las expostas à presença de Deus. Era sincero ao expor seus medos. Talvez Abrãao, no íntimo da sua natureza humana, tenha continuado a acreditar que seria impossível que Sara fosse mãe até que ele finalmente engravidou. Mas continuou no caminho de Deus. Seguiu obediente. E foi abençoado com o tão esperado filho de Sara: Isaque.
O Capítulo 18 reforça mais ainda o relacionamento íntimo de Abrãao com Deus. Com humildade e coragem Abraão questiona Deus acerca da destruição de Sodoma e Gomorra: "Destruirás também o justo com o ímpio?"  Deus sabe o que estamos pensando, mas acredito que ele espera de nós atitudes corajosas e reveladoras como esta de Abrãao, sem deixar de lado o respeito e a obediência que a Ele devemos.

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